Como escolher o seu tipo de pegada de baquetas

 

Matched Grip, Traditional Grip, French Grip, American Grip, German Grip, Ancient Grip, Overhand Grip.

São tantas nomenclaturas diferentes para se aprender e explorar que muitas vezes não sabemos por onde começar, qual técnica escolher e qual funciona de verdade.

Afinal, a primeira pergunta que vem à cabeça de qualquer baterista quando pega um par de baquetas pela primeira vez na vida é: Qual é o jeito certo de se segurar as baquetas?

E indo além disso todos pensam: Existe mesmo apenas um jeito certo de segurar as baquetas?

Bom, antes de entrarmos nesse assunto, quero me apresentar rapidamente, meu nome é Derek Melo, estou a frente do Canal Monster Batera, um canal 100% focado no ensino rápido e prático de técnicas avançadas de baquetamento para bateristas e percussionistas.

Também sou o criador do treinamento Monster Batera Fire Hands, o primeiro treinamento brasileiro focado totalmente em técnica de mão para bateria, indo do básico, desde como segurar as baquetas corretamente, ao avançado, onde ensino a teoria e prática da metodologia criada por mim, chamada de Metodologia de Matrizes Percussivas.

É um prazer enorme poder escrever este artigo aqui para você no Clube do Baterista!!!

 

 

Começando “do começo”

Bom batera, como músicos e bateristas, a melhor coisa que podemos fazer por nosso corpo e nossas articulações é compreender justamente quais são as limitações que o instrumento impõe e como o corpo de cada um de nós se comporta perante essas limitações.

A maioria dos métodos, especialmente de técnicas de como segurar as baquetas que nos foram passadas ao longo do último século foram, em sua maior parte, desenvolvidas por tentativa e erro e evoluíram de forma que hoje nos oferecem infinitas possibilidades de personalização da nossa técnica, aprimorando nossas habilidades enquanto nos forçam a ultrapassar nossos limites físicos na medida em que evoluímos.

Conhecer os fundamentos das técnicas de baquetas criadas pelos pioneiros da bateria e percussão não só honra a memória de todos eles, como pode até possibilitar que você mesmo, possa aprender as bases corretas e criar sua própria técnica de baquetas.

Quem sabe não é você, o cara que vai criar uma nova técnica que pode realmente revolucionar a forma como todos nós tocamos? Acredite, isso é possível, porém, só é possível com o conceito correto em mente e para chegar lá, temos que partir de um princípio, para termos base sólida onde edificaremos nossa forma de tocar e essa base é composta justamente pelas técnicas já criadas e difundidas no mundo da bateria e percussão, e é disso que vamos falar agora.

 

As duas bases fundamentais

Neste artigo iremos nos concentrar nas duas bases fundamentais de pegadas de baqueta, a Traditional Grip e a Matched Grip.

 

Traditional Grip

A Traditional Grip ou Pegada Tradicional é uma das formas mais antigas de se segurar as baquetas, oriunda das caixas usadas por soldados durante paradas militares, pois naquela época, os soldados as usavam penduradas por uma correia, de forma que o posicionamento delas ficava de certa forma “torto”.

Sendo assim, segurar as duas baquetas de forma igual (matched grip) não era viável, pois assim, não havia a possibilidade de ter conforto no braço esquerdo, ao mesmo tempo que acertava o centro da pele da caixa.

Para resolver esse problema, foi então desenvolvida a maneira de segurar as baquetas hoje chamada de Traditional Grip, onde a baqueta esquerda é segurada de forma diferente da direita, como na imagem abaixo:

 

Essa forma de segurar as baquetas é muito conhecida por ter sido adotada pela grande maioria dos bateristas de Jazz.

Eu sou um pouco suspeito para falar dela, pois eu uso Traditional Grip a maior parte do tempo, pois além de me oferecer uma gama maior de movimentos no uso de Stick Tricks, também tenho que confessar que acho uma pinça mais elegante 🙂

 

 

Matched Grip

Ao contrário da Traditional Grip que tem como uma certa desvantagem a curva de aprendizado para ser desenvolvida, a Matched Grip é praticamente uma pinça “natural”.

Se você der um par de baquetas para uma criança, sem dar nenhuma referência de como segurar, te dou 99% de certeza de que a criança vai segurar a baqueta na mão esquerda, da mesma forma que segura a direita.

Por isso, considero a Matched Grip uma pinça natural e indo além disso, ela também da menos “manutenção” do que a Traditional Grip, ou seja, para manter a qualidade da técnica você não precisa passar tanto tempo estudando ela quanto precisa com a Traditional.

 

Além disso, a Matched também tem a vantagem de ter algumas variações, nas quais acontece muita confusão, afinal, qual variação da Matched Grip é melhor?

As mais difundidas são: French Grip (Pegada Francesa), German Grip (Pegada Alemã) e American Grip (Pegada Americana).

Já existe algum material sobre cada uma destas grips, porém, quero te ensinar um macete sobre elas, que é um dos mais importantes que ensino no Monster Batera Fire Hands.

Independente da Grip que mais te agrada, dificilmente ela vai servir para todas as ocasiões, então é necessário abstratir o conceito e surgir com um novo, o que chamo de Técnica Híbrida e é justamente ai é que mora o macete, desenvolva uma técnica híbrida entre matched e suas variações e o posicionamento da traditional grip.

Eu desenvolvo minha técnica como híbrida tanto de matched quanto de traditional, de forma que independe se toco ou não com uma caixa torta, se toco rock, jazz ou samba, com ela eu consigo tocar com uma matched ou traditional rápida e consistente.

Onde não haja falta de interpretação nos rudimentos e minha dinâmica ao tocar se mantenha a mais perfeita possível em praticamente qualquer situação pois quando você usa uma técnica híbrida, misturando um pouco de cada variação, dificilmente você vai se preocupar com qual técnica você vai usar, afinal, parte dela já está em uso.

 

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Beleza, mas e agora?

Creio que você esteja pensando: OK, mas de que forma você monta sua técnica híbrida Derek?

Para te mostrar esse conceito e vários outros, quero te convidar para assistir uma mini palestra, onde falo sobre minha técnica de mão e como você pode criar a sua sem ter que estudar rudimentos diretamente.

Para aprender mais, clique na imagem abaixo e assista ao vídeo. Assim você vai entender mais sobre técnicas de mão e poderá colocar todas estas dicas em prática nos seus estudos.

 

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Até a próxima.

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